quarta-feira, 6 de setembro de 2023

 Curso de Formação para Ações Articuladoras do Tripé de Ensino, Pesquisa e Extensão promove Workshop para professores tutores



Na última quinta-feira (31/08), o Curso de Formação para Ações Articuladoras do Tripé de Ensino, Pesquisa e Extensão nas Universidades Paranaenses, em uma parceria com o Núcleo de Educação a Distância (NUTEAD), da Universidade Estadual de Ponta Grossa, promoveu o workshop Cursos extensionistas na modalidade a distância e o papel do professor auxiliar e formador com o objetivo de promover dinâmicas, técnicas de interação e conectividade com os cursistas. 

Com uma dinâmica interativa, a coordenadora de tutoria no Nutead, Perla Cristiane Enviy, junto à coordenadora pedagógica, Viridiana Alves de Lara-Silva, ministraram o workshop para estabelecer uma troca de diálogo com os professores uma troca e diálogo com os professores tutores do curso de Formação para Ações Articuladoras do Tripé de Ensino, Pesquisa e Extensão nas Universidades Paranaenses. 

A diretora do NUTEAD, professora doutora Patrícia Lucia Vosgrau de Freitas, enfatizou na abertura do evento a importância do curso à medida que ele “colabora com todos os segmentos, já que há oferta de vagas para a comunidade acadêmica como técnicos, docentes e alunos”.  

Também estava presente no curso, a Pró-Reitora de Extensão e Cultura da Universidade Estadual do Paraná, Rosimeiri Darc Cardoso. Ela destacou, em sua fala inicial, o cuidado com a preparação dos conteúdos do curso de formação. “Neste momento, no início da curricularização, esse curso tem um significado muito grande, pois surgem muitas dúvidas acerca do tema”. Ela relembrou que, cursos de formação são necessários à medida que qualificam os profissionais que trabalharão com a Extensão.  


Workshop Cursos extensionistas na modalidade a distância e o papel do professor auxiliar e formador


O workshop iniciou com a fala da professora formadora do quinto módulo "Gestão de Políticas Públicas", Luiza Bittencourt Krainsk. O propósito desse módulo é aprofundar o conteúdo e estabelecer um diálogo com os professores tutores que atuam no curso. No total, são 10 professores tutores realizando o acompanhamento de 560 alunos na plataforma. Luiza Bittencourt  Krainsk deu os parabéns à equipe e relembrou que esse curso é importante à medida que é possível refletir, com um viés teórico, as práticas extensionistas. “Quem veio da extensão se tem a reflexão durante as atividades”. Luiza Bittencourt Krainsk também reafirmou o papel da extensão dizendo que “o processo emancipatório da extensão é ouvir a população”. 

Em seguida, Perla Cristiane Enviy e Viridiana Alves de Lara-Silva iniciaram o workshop. Ambas trabalham com formação continuada no NUTEAD e têm pesquisas sólidas na área de educação.  A dinâmica proposta no workshop foi realizada com o objetivo de refletir as ações de tutores, elencar os pontos positivos e ações a se prestar atenção.  

Perla Cristiane Enviy destacou que esse momento de “reflexão do ensino EaD é necessária à medida que nós, tutores acompanhamos a formação e guiamos os alunos e cursistas a um desenvolvimento de modo autônomo”. Um dos assuntos que ela enfatizou no curso foi sobre o silêncio virtual, que é quando o aluno ou cursista se sente envergonhado de se posicionar nas lives e webconferências. “Para contornar isso, é necessário um convívio diário, estreitar laços e utilizar de estratégias de tutoria”, relatou. 

Já Viridiana Alves de Lara-Silva, destacou a importância da palavra comunicação. “Esse é um papel do tutor, se comunicar com os alunos e sempre resgatá-los. Destacar a palavra comunicação é o papel do tutor”. 

A professora tutora do curso de formação que participou do workshop, Daniele Gonçalves Vieira, relembrou que “a chave é a empatia, independente se é presencial ou EaD”. 


Texto: Jessica Allana Grossi 

Vídeo: Nilson de Paula e Gabriel Ryden 

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Professora do 4º Módulo do curso extensionista apresenta boas vindas aos alunos 


O módulo Planejamento, Desenvolvimento e Avaliação de Práticas Extensionistas deve ser concluído até o dia 15 de agosto 


A professora doutora Adriane de Castro Martinez da Universidade Estadual do Oeste do Paraná apresenta, em vídeo institucional exclusivo para o curso de Formação para Ações articuladoras do Tripé Ensino, Pesquisa e Extensão nas Universidades Paranaenses, o 4° Módulo. 

Os cursistas, com a conclusão deste módulo, poderão utilizar os ensinamentos presentes nos materiais didáticos para elaborar uma proposta de ação de extensão, que atenda às diretrizes da extensão universitária de sua IES e que possa contribuir para o desenvolvimento do tripé: ensino, pesquisa e extensão.

Martinez abordou os conteúdos de forma clara e objetiva, ressaltando a importância da construção de uma ação de extensão, que interpassa o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação. Além disso, é apresentado no módulo os indicadores e as metodologias que podem ser utilizadas na avaliação das ações de extensão e os impactos que poderão ser alcançados com o seu desenvolvimento.





 

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Série de reportagens

 

Covid-19, Prática extensionista no isolamento - UENP  





Afinal, como se manter em contato com a comunidade, ouvir e atender demandas, propor ações estando tão distantes quando o coração da extensão é justamente aproximar a Universidade das pessoas?”. Esta pergunta foi realizada pela Prof. Dra. Simone Cristina Castanho Sabaini de Melo,  docente e extensionista da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) em entrevista para a jornalista do curso de Formação para Ações Articuladoras do Tripé Ensino, Pesquisa e Extensão das Universidades Paranaenses. 

No período da pandemia, que compreende março de 2020 quando a OMS declarou o estado pandêmico até maio de 2023 quando foi pronunciado seu fim, houveram adaptações em todos os setores da sociedade. A universidade também precisou se adaptar. “Foi preciso que a extensão se adaptasse e utilizasse as tecnologias disponíveis para continuar seu trabalho. Embora tenha sido um desafio, pois nada substitui a interação presencial e o contato direto, naquele momento era o recurso que tínhamos à disposição”, observa Sabaini de Melo. 

Uma das tecnologias utilizadas neste período de isolamento foi a Telemedicina. O Governo do Estado do Paraná implementou um serviço gratuito chamado Telemedicina Paraná. As universidades estaduais foram convocadas a auxiliar nesse processo tanto com o desenvolvimento do aplicativo, quanto com os alunos, professores e projetos de extensão. A UENP auxiliou com docentes e alunos dos dois últimos anos dos cursos da área da saúde, como explica Prof. Dra. Simone Cristina Castanho Sabaini de Melo. 

“O Telemedicina Paraná ofertava consultas médicas, psicológicas e de enfermagem” a docente relembra “era por meio desse serviço que a população tinha acesso a profissionais de saúde qualificados em diferentes áreas”, finaliza. Naquele momento, a extensão universitária teve papel importante para a formação dos alunos enquanto auxiliava a comunidade com elaboração de materiais informativos e orientações. 

Wendell Henrique Candido Bueno, de 25 anos, cursava enfermagem na UENP durante a pandemia e participou de dois projetos como bolsista, o Telemedicina e também o projeto pesquisa junto aos municípios do entorno da UENP. Ele conta que as orientações à população eram repassadas levando em conta uma base de dados e também a cartilha desenvolvida pelo Ministério da Saúde. A rotina era intensa, de domingo a domingo. Segundo ele, a população buscava informações confiáveis já que no momento corriam notícias imprecisas e incorretas. Para sua formação, Bueno reitera que foi um momento de aprendizado. “O projeto de extensão de Telemedicina me auxiliou a ter outra formação no que se refere às tecnologias. Naquele momento foi uma coisa inovadora e a maioria do mundo estava usando naquele momento, uma parte nova dentro das áreas da saúde”, encerra. 

Natália Guerra Silva, que hoje é professora auxiliar do curso Formação para Ações Articuladoras do Tripé de Ensino, Pesquisa e Extensão coordenou a equipe de telemedicina na UENP. “Nós éramos em três professores. Cada professor auxiliava quatro alunos do último ano de enfermagem”, relata. Ainda no início da pandemia, em 2020, Silva organizou o grupo de alunos e professores da central de atendimentos telefônicos.

Outro projeto desenvolvido no Paraná e na UENP foi o projeto Chamada Zero Nove. 


Chamada Zero Nove na UENP  


Além do aplicativo de Telemedicina, as universidades estaduais também se envolveram em outros projetos como o Chamada Zero Nove  - Programa de Apoio Institucional para Ações Extensionistas de Prevenção, Cuidados e Combate à Pandemia do Novo Coronavírus. Durante 2020 e 2021, 1.167 bolsistas atuaram em 22 polos do Paraná, segundo dados do site Zero Nove Webdocumentário.  

Este projeto foi organizado pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA), Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Na Chamada Pública 09/2020: Ação de Extensão contra o novo Coronavírus, está descrito o trabalho dos envolvidos - “os bolsistas de extensão receberão bolsas para desenvolverem ações preventivas, de esclarecimento público, de levantamento de dados e de combate à pandemia do COVID-19”. Uma das atividades desenvolvidas foi uma ação extensionista, junto à Polícia Científica do Estado do Paraná, para o correto manuseio e descarte de resíduos hospitalares. 

Na UENP, de abril de 2020 a dezembro de 2021 foram atendidas 11.475 ligações provenientes de 57 cidades do Paraná. Os bolsistas do projeto encaminharam 192 pessoas para agendamento médico. 

Natália Guerra Silva, que hoje é professora auxiliar do curso de Formação, foi a organizadora de um manual para profissionais da área da saúde no projeto Chamada Zero Nove em 2020. 

Outro projeto desenvolvido na UENP foi chamado de Projeto de Extensão Ações de Prevenção, Cuidados à Pandemia do Coronavírus no Norte do Paraná com diversas ações desenvolvidas. 



Projeto de extensão Ações de Prevenção, Cuidados e Combate à Pandemia do Coronavírus no Norte do Paraná



A ação, coordenada pelo professor Dr. Rui Gonçalves Marques Elias se deu nas estradas, com orientações para os caminhoneiros, com bolsistas na área de saúde atendendo nos hospitais e com a reabilitação dos contaminados pela Covid-19. 

Segundo o coordenador do projeto, as ações nas rodovias foram um sucesso pelo número de atendimentos. A Universidade, naquele momento, realizou um papel importante à medida que ofertou reforço imediato nas estradas aos motoristas. As ações nas barreiras foram finalizadas em dezembro de 2020. Neste período, foram atendidas aproximadamente 161.162 (cento e sessenta e um mil e cento e sessenta e duas pessoas).

Os bolsistas realizaram também um mutirão de saúde para caminhoneiros. A ação atendeu a 970 caminhoneiros, por meio do programa Saúde na Estrada dos Postos Ipiranga, e foi realizado no posto da referida rede no município de Siqueira Campos, no Norte Pioneiro.

Marques Elias conta que realizava a coordenação de 100 bolsistas que eram alunos da UENP, profissionais já graduados e professores da Instituição. A equipe realizava atendimentos, prestação de serviços, treinamentos, elaboração de cartilhas, atividades acadêmicas, entre outros. 

A importância para os acadêmicos que participaram foi além da Universidade, segundo o professor Dr. Rui Gonçalves Marques Elias. “Eles ficaram gratos de exercer a profissão e aprimoraram o conhecimento, vivenciando a realidade de um momento ímpar da história da humanidade”, observa. “A Universidade teve uma importância fundamental para nossa região, salvou vidas. Não perdemos nenhum bolsista nesses dois anos e com certeza tivemos um crescimento pessoal muito grande”, relata.


Por Jessica Allana Grossi, bolsista graduada em Jornalismo no curso Formação para Ações Articuladoras no Tripé de Ensino, Pesquisa e Extensão nas Universidades Paranaenses. 

quinta-feira, 20 de julho de 2023

A EXTENSÃO E SUA IMPORTÂNCIA NA SOCIEDADE

 Ao pensarmos na dimensão da Extensão como “Ferramenta Pedagógica e Científica de Transformação Social”, é importante considerar a relação indissociável entre a extensão e o ensino, a partir da perspectiva do estudante enquanto sujeito ativo desse processo, ou seja, como protagonista.

 Ele deve compreender a realidade social que o cerca para a aquisição de conhecimentos socialmente referendados para a sua atuação profissional com compromisso cidadão, além de atuar para a garantia dos direitos e dos deveres que levam à transformação social. Neste sentido, esse texto objetiva demonstrar por meio do relato de ações extensionistas desenvolvidas como a extensão pode contribuir com a democratização do conhecimento científico.


Relato da cursista RAFAELLY APARECIDA DUMA.

    A extensão universitária faz um importante papel não só de formar os estudantes de maneira acadêmica, mas profissionalmente, na percepção acadêmica, a extensão universitária é “o processo educativo que articula ensino e pesquisa de forma indissociável e que torna viável a relação transformadora entre universidade e sociedade. 

    A extensão é não apenas a principal ferramenta para este processo dialético entre teoria e a prática, mas é também um trabalho interdisciplinar que favorece uma visão integrada do social no interior da universidade” (FORPROEXT, 1990, p.14). Ou seja, a extensão universitária faz uma importante ligação da teoria trabalhada em sala de aula com a prática da extensão. E para além dessa formação acadêmica, a extensão possibilita o acesso da população ao conhecimento produzido dentro da universidade, que às vezes fica apenas dentro dos muros.

    É importante essa aproximação para que a universidade não se transforme em uma esfera elitista e de exclusão, para que a população geral tenha o olhar de realmente uma universidade pública, gratuita e de qualidade, e principalmente inclusiva. Para que não só o conhecimento chegue em todos de forma democrática, mas principalmente que o acesso ao ensino superior seja democrático.

    Dentro da universidade na qual sou acadêmica, eu sou extensionista bolsista de um programa de Extensão, a IESol/UEPG. Dentro desse programa, é um exemplo extremamente cabível, por inúmeros motivos, irei citar alguns:

        A IESol (Incubadora de Empreendimentos Solidários) é um programa de extensão da UEPG que foi criado em 2005. O objetivo da IESol é formar empreendimentos solidários e levar a economia solidária para diferentes segmentos da sociedade. A IESol incuba diferentes grupos, como artesanatos, bijuteria, agricultura familiar, assentamentos rurais, todos em um perspetiva de economia alternativa, inclusiva, autogestionária e cooperativa.

    Assim, a IESol organiza formações, eventos, feiras, projetos — como o qual eu faço parte, que é um projeto voltado para a economia solidária e mulheres em vulnerabilidade social em Ponta Grossa e região —, e diversas outras atividades que vão levar a economia solidária como alternativa de trabalho e renda. Ou seja, dentro de apenas um programa, são desenvolvidos inúmeros projetos que irão contar com uma equipe de alunos, estagiários e técnicos. Outro elemento importante, é de que a IESol é formada por uma equipe multidisciplinar, então dentro da equipe temos professores, funcionários, técnicos e estagiários de diferentes cursos, como serviço social, jornalismo, administração, psicologia, economia, geografia e outros. Então, temos contato com diferentes cursos em um só programa de extensão, é uma oportunidade muito rica.

    Dessa forma, a equipe da IESol leva a economia solidária para escolas, CRAS, casas de acolhimento e diversos outros aparelhos sociais que vão receber uma formação e entender o que é a economia solidária, como funciona, como eu posso produzir a partir dela e etc.

    Além dos eventos promovidos, dentro da própria universidade é realizada uma feira da economia solidária todas as quintas feiras, que vão contar com feiras temáticas e entre outras coisas e que são abertas para o público em geral. Nessas feiras, os empreendimentos solidários vendem diferentes produtos e obtêm sua renda. Então é um projeto de extensão movido por uma equipe multidisciplinar, majoritariamente de alunos e que desenvolve inúmeras atividades não apenas para a comunidade acadêmica, mas para a população em geral. A IESol faz um importante papel de levar essa alternativa de trabalho para a população tendo em consideração que o mercado de trabalho formal não é inclusivo para todos.

    Conforme Freire (1992, p.13) “a Extensão foi definida como ação institucional voltada para o atendimento das organizações e populações, com sentido de retroalimentação e troca de saberes acadêmico e popular”. Nesta direção, pode-se compreender que a contribuição da extensão é relacionada principalmente: ao entendimento sobre a função social da Universidade; à articulação entre o ensino e a pesquisa, por meio de um diálogo com a comunidade sem que haja uma hierarquia; e à produção, em interação com a sociedade, de um conhecimento novo (envolvendo diversos saberes). No que se refere às mudanças curriculares, há de se considerar aspectos referentes ao protagonismo discente, e, conforme Junior (2013), à vivência de linguagens que eram ausentes ou mesmo desprezadas em sala de aula, com vistas ao desenvolvimento de capacidades relacionadas à transformação social.

    Acredito que só podemos pensar na contribuição da extensão quanto à democratização do conhecimento científico, ao passo que tenhamos uma universidade mais democrática, com a presença de estudantes que representem as diferentes classes sociais, não somente com a representação de uma elite que sempre ocupou historicamente a maioria das vagas das universidades públicas brasileiras.

    A partir de uma ampla representatividade (social, étnica e de gênero), é possível pensar de forma orgânica as necessidades reais da sociedade. Assim, penso que quanto mais plural for a universidade, temos mais capacidade de entender as demandas sociais e estabelecer um diálogo profundo com a sociedade.

    Dessa forma, penso que o acesso democrático às instituições de ensino superior precede as reformulações curriculares no que tange à creditação da extensão, que, por sua vez, deve ser uma consequência desse processo de democratização para, assim, contribuir genuinamente para estreitar os laços entre a universidade e a sociedade.

    A mudança curricular para evidenciar as práticas extensionistas deve acontecer também de forma indissociável ao ensino e, consequentemente, à pesquisa. A creditação da extensão deve ir além do atendimento de uma meta, ou mesmo, um documento regulatório, pois, caso contrário, corremos o risco de burocratizá-la. Por isso, devemos aproveitar o atual cenário, em que a creditação da extensão está em voga, para discutir o seu papel e que universidade queremos construir para o futuro.

    Na área em que atuo, por exemplo, a de ensino de línguas estrangeiras, quando pensamos em ações extensionistas, buscamos fazê-las a partir de uma perspectiva plurilíngue/intercultural/interdisciplinar e que atenda às necessidades das comunidades. Por isso, temos o cuidado para não impor o ensino de uma língua em detrimento de outra, valorizando a cultura local e regional, assim como a própria língua materna.

    Nesse sentido, buscamos atender escolas menos privilegiadas quanto a esse tipo de abordagem. Tudo isso só é possível por meio do ensino e da pesquisa, os quais dão suporte para as nossas práticas extensionistas. Muitas vezes, as instâncias administrativas têm dificuldade de compreender essa indissociabilidade, tendo em vista os sistemas estanques de atribuição de horas dessas atividades nas diferentes Pró- Reitorias. 

    Para democratizar o conhecimento científico, é preciso democratizar o acesso às universidades, como também desconstruir entendimentos que contradizem a ideia de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 

Sobre as autoras 

👩Rafaelly Aparecida Duma. Estudante no 2º ano de Bacharelado em Serviço Social, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atualmente Extensionista no Programa de Extensão pela Incubadora de Empreendimentos Solidários - IESol (UEPG), articulado ao projeto "Mulheres na Economia Solidária: Perspectivas de Empoderamento na cidade de Ponta Grossa e Região", que visa o desenvolvimento de ações para estimular o protagonismo e empoderamento de mulheres em vulnerabilidade social de Ponta Grossa e região, a partir da Economia Solidária. Link do currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/6080390940507980 
👧Professora Doutora Daniele Gonçalves Vieira. Graduada em Nutrição (bacharelado) pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) em 2007. Especialista em Nutrição Clínica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2010. Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM) em 2013. Doutora em Química pelo Programa de Pós-Graduação em Química - Associação UEL/UEPG/UNICENTRO em 2019. Docente do Departamento de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) desde 2009. Experiências em projetos, ações e eventos extensionistas na área da saúde, envolvendo a comunidade acadêmica com a população em geral

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Curso de Formação para Ações Articuladoras do Tripé Ensino, Pesquisa e Extensão nas Universidades Paranaenses lança nesta sexta-feira podcast. 

Com o título "Extensionista em Foco", o curso traz uma conversa sobre Curricularização da Extensão

A creditação curricular, ou curricularização da extensão, está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), e teve a sua regulamentação na Resolução  nº 7 MEC/CNE/CES, no dia 18 de dezembro de 2018. As diretrizes preveem que todos os cursos universitários tenham no mínimo 10% da carga horária/total de créditos voltados para a Extensão Universitária, a partir do ano de 2024. 
Por isso convidamos dois docentes da Universidade Estadual de Maringá, para conversarmos sobre essa nova realidade, nossos convidados foram a Prof. Dra. Débora de Mello Gonçales Sant´Ana e o Prof. Dr Paulo Roberto Donadio, ambos da área da saúde. 




sexta-feira, 7 de julho de 2023

Professora auxiliar promove encontro online com alunos


Foto: Arquivo | Freepik
Foto: Arquivo | Freepik



Nesta quarta-feira (06/07), a professora auxiliar Luane Aparecida do Amaral promoveu um encontro com a sua turma de alunos do curso Formação para Ações Articuladoras do Tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. 

O encontro foi realizado com o objetivo de sanar dúvidas, engajar os participantes do curso e perguntar como está sendo a experiência. A professora comentou que a sua turma tem uma particularidade especial pois é formada pela lista de espera do curso. 

Dos mais de 200 inscritos que faziam parte da lista de espera, foram chamados os 60 primeiros para formar uma turma que iniciou o curso no mês de junho. Esta turma concluiu o Modulo 1 e 2 ao mesmo tempo para que o cronograma de atividades seguisse corretamente. 

Estavam presentes no encontro a equipe técnica do projeto e a Coordenação do curso formada pela professora da UEPG Édina Schimanski e pela professora também da UEPG Luana Marcia de Oliveira Billerbeck. A coordenação reiterou aos alunos sobre a importância de se disponibilizar esse momento de interação entre colegas. 

A promoção de atividades diferenciadas aos cursistas faz parte do projeto pedagógico do curso que consiste em promover uma formação teórica e embasada para os cursistas que ao concluírem o curso receberão um certificado de 180 horas de Formação na Extensão Universitária.

terça-feira, 30 de maio de 2023

De jornalistas a extensionistas...


Naquela terça-feira, pela manhã, éramos como extensionistas em busca de ampliar o conhecimento sobre um verdadeiro projeto extensionista; e assim levar à comunidade informação sobre o Centro Rural de Treinamento e Ação Comunitária (Crutac). 

O veterano Crutac, que completava 49 anos de criação na UEPG naquela ocasião, no dia 30 de maio de 2023, foi explorado por nós pela primeira vez. Queríamos desvendar um pouco mais sobre suas atividades e, principalmente, conhecer aqueles que o utilizam e tem a vida transformada por ele, ou seja, os moradores daquela comunidade.

Quando se tem pouco e vive no meio rural, projetos extensionistas ganham um papel fundamental no cotidiano. Isso, por tornarem possíveis coisas que normalmente são banais para os que vivem em ambiente urbano ou contam com maior poder aquisitivo. 

Tal realidade é estampada nas conversas com àquela comunidade. Ali contemplamos o senhor agradecido por se livrar de uma viagem de mais de uma hora, que teria que fazer para Ponta Grossa, simplesmente por dispor dos exames laboratoriais do Crutac com deslocamento de apenas 25 minutos. Há  nesse caso uma economia significativa de tempo e dinheiro pelo combustível, algo inimaginável se não houvesse o projeto.

Onde mora o valor do Projeto?

A grandeza daquele local está nos detalhes, que vão muito além do que os extensionistas possam oferecer. Ali, por exemplo, vive o simpático cachorro Rufus, que alegra todos àqueles que aguardam para receber atendimento de saúde. Ele distrai e entretém, dando um colorido todo especial ao ambiente ao servir até como modelo para foto da senhora que diz que levará uma recordação para filha que "adora ele", ou simplesmente dando afago a criança que o abraça enquanto acompanha os pais em mais um dia de Crutac.

Naquele local pacato, saúde e rural se combinam. Há uma mistura entre prédios que reúnem profissionais de saúde do distrito de Itaiacoca e os extensionistas vindos da UEPG; com aquela realidade rústica do campo, composta por galinhas, cavalos e natureza. Criando assim, uma paisagem única e que retrata o grande papel da Universidade em reduzir desigualdades ao se adequar àquele espaço, facilitando o acesso da comunidade ao básico à medida que recebem atendimento clínico de saúde próximo a suas residências.


Texto e Fotos de Rafaelly do Nascimento


[Relato em forma de crônica descrevendo impressões sobre o projeto Crutac em visita realizada no dia 30 de maio de 2023, terça-feira, considerando os bastidores da produção jornalística de Gabriel Ryden e Jessica Grossi].